Crise climática

Eduardo Leite visita áreas atingidas pelas cheias em Pelotas

Governador garantiu recursos para a reconstrução das cidades que sofrem com as enchentes; desde a crise climática é a primeira vez que Leite vem ao município

Foto: Volmer Perez - DP - Em um tanque, Eduardo Leite circulou pelas ruas inundadas do Laranjal

Acompanhado da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) e de outras autoridades, o governador Eduardo Leite (PSDB) visitou, na tarde desta quarta-feira (29), as áreas inundadas do Laranjal em um caminhão-tanque do Exército e posteriormente seguiu para uma vistoria às bombas e aos diques da Estrada do Engenho e do Quadrado. Concluindo a agenda no município, Leite participou de uma reunião extraordinária da Sala de Situação, em que detalhou aos presentes as medidas que o governo do Estado tem para a recuperação dos municípios. Assim como ouviu dos pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) um panorama sobre as cheias, que atualmente é estável.

Após circular pelas ruas ainda completamente inundadas, com a água na metade das portas de casas no Laranjal, e de visitar a região do Porto, o governador enfatizou que, em comparação com outras cidades, Pelotas teve a vantagem de poder se preparar para a chegada das águas com certa antecedência, mas que o cenário em que não há nenhuma vítima das enchentes é fruto da organização e de ações de prevenção bem executados. “O que eu vi é um trabalho de coordenação de forças muito bem feito com a liderança da prefeita Paula e com o envolvimento de todas as forças, com a iniciativa privada e sociedade civil, o que deu uma capacidade de respostas importante para a cidade. Pelotas e a região Sul tiveram tempo para se organizar, mas souberam fazer uso desse tempo, protegendo áreas sensíveis dentro do possível”.

Tanque com o Governador circula pela avenida Espírito Santo completamente inundada. Foto: Volmer Perez


Durante a reunião na sala de situação, os hidrólogos e meteorologistas explicaram a Leite e várias autoridades da segurança pública, setor judiciário, Ministério Público e Defesa Civil que atualmente Pelotas vive em um cenários de alto nível das águas, mas com estabilidade e previsão de condições climáticas favoráveis ao escoamento pelo canal do Rio Grande. Diante disso, o pior cenário, em que o São Gonçalo atingiu 3,13 metros, na segunda-feira, deverá ser o último recorde de elevação.

Com essa explicação, o governador reforçou que agora o Estado trabalha para auxiliar na reconstrução de Pelotas, assim como dos outros municípios atingidos pela Lagoa dos Patos. “Já fizemos os primeiros repasses de valores de fundo a fundo [da Defesa Civil] de R$ 550 mil para gastos emergenciais para maquinários, custos com abrigos e vamos repassar mais recursos para tudo o que a prefeitura quiser fazer e vamos disponibilizar até R$ 1,5 milhão em horas máquinas”, declarou.

Em reunião na sala de situação, Leite reforçou as iniciativas de reconstrução do Estado. Foto: Volmer Perez - DP


Os valores apresentados por Leite são referentes ao plano de recuperação do Rio Grande do Sul, em que são previstos ações de repasses como o valor de R$ 200 mil para todas as cidades em calamidade ou emergência e cerca de R$ 100 milhões para horas-máquinas para a recuperação de estradas nos municípios atingidos pelas enchentes. Além disso, o governador afirmou que o radar meteorológico da UFPel será viabilizado, atualmente a Universidade tem tido dificuldades para o levantamento de dados devido a falta de estrutura adequada.

“Pedi para que a prefeita mapeie projetos de resiliência como é o caso no dique no Valverde com casas de bombas que foram apresentados no nível federal para que apresente também ao governo do Estado para que possamos ajudar, até eventualmente liberando recursos diretos do estado”. Eduardo Leite se refere ao projeto de R$ 16 milhões inscrito pelo Município no PAC para o reforço no sistema de drenagem e contenção no Laranjal.

Governo do Estado investirá nas ações do plano de resiliência de Pelotas. Foto: Volmer Perez - DP


Por fim, o governador reforçou a necessidade dos municípios de realizarem a inserção dos dados cadastrais das pessoas atingidas para que o Estado repasse benefícios como o valor de R$ 150 para cada abrigado e recursos para o Aluguel Social e Moradia Solidária.

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